28.3.11

chamada


Boicote o apartheid israelense!!! 
  
1) O que é a campanha de Boicotes, Desinvestimentos e Sanções contra Israel (BDS)? 
  
O Estado de Israel ocupa ilegalmente o território palestino e discrimina toda a população palestina, seja ela muçulmana, cristã ou não religiosa. O BDS é a principal campanha internacional de solidariedade e contra qualquer forma de discriminação a esse povo, seja islamofóbica, antissemita ou outra. A proposta é que governos e sociedade civil unam-se e promovam embargos e sanções contra o Estado sionista até que se reconheçam os direitos inalienáveis do povo palestino à sua autodeterminação. Assim, suas metas são: o fim imediato da ocupação militar e colonização de terras árabes e a derrubada do muro do apartheid, que vem sendo construído na Cisjordânia desde 2002, dividindo terras, famílias e impedindo os palestinos do direito elementar de ir e vir; o reconhecimento dos direitos dos cidadãos palestinos à igualdade; e o respeito, proteção e promoção do direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras e propriedades, das quais vêm sendo expulsos desde 1948, quando foi criado o Estado de Israel, até os dias atuais.
  
2) Como surgiu a campanha de BDS? 

A campanha de BDS surgiu a partir de um chamado global da sociedade civil palestina realizado em 9 de julho de 2005 para que em todo o mundo se implementassem iniciativas de boicotes a produtos que financiam o apartheid promovido por Israel na Palestina ocupada, a exemplo do que foi feito na África do Sul. 
  
3) Historicamente, houve outras campanhas como essa? 

Sim. A mais conhecida e bem-sucedida foi o boicote ao regime de apartheid na África do Sul nos anos 1980 e 1990. O boicote foi decisivo para pôr fim ao regime racista sul-africano. 

4) Quem já aderiu?

O chamado global já conta com a adesão de centenas de organizações e indivíduos ao redor do mundo. Entre as personalidades que já se pronunciaram a favor de boicotes a produtos e serviços de Israel, o cantor Roger Waters, do Pink Floyd, o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, os intelectuais Noam Chomski e Norman Finkelstein, além de Naomi Klein e vários outros nomes de destaque. Sobretudo na Europa, a campanha ganhou força e hoje cidadãos comuns recusam-se a adquirir produtos de Israel nas prateleiras do mercado. No Brasil, organizações sociais, populares e sindicais começam a impulsionar a iniciativa e têm buscado esclarecer e conscientizar os cidadãos e cidadãs acerca do chamado por BDS como parte da luta por justiça, humanidade e direitos humanos aos palestinos. 

5) Que ações podem ser desenvolvidas nas universidades? 

A campanha tem também se dedicado a informar intelectuais e artistas convidados para irem a Israel sobre a urgência de participarem dos boicotes culturais e acadêmicos, recusando-se a se apresentar ou ministrar palestras em locais que perpetuam e sustentam a ocupação e a opressão aos palestinos. Nessa linha, em universidades europeias tem havido o boicote a instituições israelenses, que mantêm e legitimam o regime de apartheid. Em Berkeley, nos Estados Unidos, os estudantes têm lutado para que a universidade cesse os contratos com empresas locais que têm relações com a indústria armamentista israelense.
  
6) E nos sindicatos? 

Vários sindicatos e algumas centrais como a TUC Britânica aderiram à campanha de BDS. Em 2010, sindicatos de portuários da Califórnia, Suécia, Índia e África do Sul fizeram um dia de protesto no qual se recusaram a descarregar navios comerciais israelenses ou com cargas provenientes daquele destino. Atuar nesse sentido é um caminho.
  
7) E quanto às relações entre os países e Israel? 

Esse é um ponto chave. Vários países não têm relações diplomáticas com Israel. No Líbano, por exemplo, a campanha de BDS tem como alvo qualquer produto proveniente da potência ocupante ou empresas que têm negócios em Israel. Nos Estados Unidos, o movimento contra a guerra exige de seu presidente, Barack Obama, o fim de toda a ajuda econômica, militar ou diplomática a Israel. 
  
8) O que pode ser feito no Brasil? 

Barrar junto ao governo brasileiro acordos militares e de tecnologia bélica em andamento, bem como lutar para anular o Tratado de Livre Comércio entre Israel e Mercosul, ratificado pelo Brasil em 2007. Amplo estudo promovido pela organização Stop the Wall (Pare o Muro) denuncia que o tratado em questão inclui a venda em território brasileiro de produtos e serviços feitos em assentamentos israelenses ilegais na Cisjordânia, bem como de tecnologia de defesa e segurança, as quais têm sido usadas nos ataques contra os civis palestinos, a exemplo dos impetrados pelas forças de ocupação sionista na faixa de Gaza em final de 2008 e início de 2009. O tratado, portanto, transforma o Brasil em porta de entrada da indústria armamentista de Israel na América Latina. A tecnologia de defesa tem sido um dos focos dos negócios bilaterais entre os governos de Israel e do Brasil. Inclusive já se tem conhecimento de visitas de grupos israelenses visando atuar na segurança durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.


9) Quais as empresas que atuam no Brasil e sustentam a ocupação sionista?

Entre elas está a israelense Elbit Systems, que atua na área de tecnologia militar e é especialista em construção de veículos não tripulados. Atualmente, uma fábrica está instalada em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Uma das 12 companhias envolvidas na construção do muro do apartheid, a Elbit já assinou contratos no Brasil, inclusive com as Forças Armadas para transferência de tecnologia e com a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica). Nesse segmento, uma das prioridades tem sido a comercialização e intercâmbio tecnológico de Vants (veículos aéreos não tripulados), os quais foram amplamente usados nos ataques aos palestinos de Gaza em final de 2008 e início de 2009. Além disso, a israelense Strauss Coffee detém 50% da Café Três Corações e anunciou recentemente a compra da concorrente Fino Grão, do mesmo estado. Boicotar esses produtos e exigir o rompimento desses contratos são uma forma de fortalecer a campanha no Brasil.
  
10) Como aderir à campanha? 

Contate os comitês de solidariedade ao povo palestino em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina pelos e-mails :

e as entidades que já aderiram à campanha.

Mais informações:


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